Treinamento SXSW 2024: colaboradores da Tecnobank exploram as transformações tecnológicas e culturais apresentadas no festival de inovação
Um dos eventos mais aguardados do calendário global de inovação, tecnologia e cultura, o South by Southwest (SXSW) realizado anualmente, no Texas (EUA), destaca as principais tendências e transformações contemporâneas, reunindo líderes e futuristas de diversas indústrias e disciplinas em um ambiente criativo e inspirador para a troca de ideias que impactam o planeta e o nosso comportamento enquanto sociedade.
Os colaboradores da Tecnobank puderam absorver as perspectivas do SXSW 2024 durante um treinamento da Brivia, empresa parceira que compartilhou os aprendizados adquiridos no festival. Como era de se esperar, inteligência artificial (IA) foi um dos principais temas discutidos, bem como seus avanços que têm redefinido a forma como vivemos, trabalhamos e interagimos com as pessoas e com o mundo.
Interconectividade e aprendizado multimodal
Desde o surgimento do ChatGPT, em 2022, a IA generativa possibilita a criação de imagens, vídeos e textos de maneira rápida e acessível, tornando possível ideias complexas a partir de simples comandos. E as possibilidades não se limitam a resultados visuais e escritos: plataformas como o Codex – também desenvolvido pela Open IA, assim como o ChatGPT – estão revolucionando o desenvolvimento de softwares, oferecendo sugestões de código e diagnósticos de qualidade em tempo real, além de insights valiosos baseados na análise de grandes volumes de dados brutos.
Nesse contexto, conceitos como interconectividade e aprendizado multimodal promovem uma integração sem precedentes entre diferentes tipos de dados e fontes de informação, aumentando a precisão e a utilidade dos resultados fornecidos e possibilitando novas formas de colaboração entre máquinas e seres humanos.
Gen T e FUD
Mencionado em um relatório de tendências da futurista Amy Webb em uma das palestras mais aguardadas do SXSW 2024, o conceito de “Geração de Transição” diz respeito a pessoas imersas desde cedo em um ambiente altamente digitalizado e marcado pelo excesso de informações e mudanças. Esse retrato influencia desde o estilo de vida aos anseios de indivíduos de diferentes idades e contextos, que atualmente se deparam com sentimentos de incerteza e ansiedade em relação a aspectos pessoais, sociais e ambientais.
Esse crescente estado de estresse e preocupação com guerras, desemprego, monopólios, intolerância e desastres provocados por mudanças climáticas tende a reduzir o otimismo, paralisando líderes a tomadas de decisões assertivas e de impacto, algo que Amy Webb define como FUD (Fear, Uncertainty, and Doubt) – em tradução livre, Medo, Incerteza e Dúvida. Assim como o FOMO (Fear Of Missing Out, o “medo de perder algo”), o fenômeno pode atingir idades distintas, incluindo Baby Boomers, Millenials e as gerações X, Y, Z e Alpha – todas vulneráveis ao FUD.
Preparação para o futuro
Diante desse cenário, as organizações precisam pensar menos em predição e mais em preparação, investindo no desenvolvimento de habilidades relacionadas à inteligência artificial e adaptando estruturas organizacionais para enfrentar novos desafios. Além disso, fomentar uma cultura de “paixão pela exploração”, evoluindo de uma mentalidade de “saber tudo” para “aprender” tudo, pode ser fator-chave para aproveitar o potencial e as oportunidades das ferramentas de IA.
Ética e Governança
À medida que a inteligência artificial se torna parte do ambiente corporativo, a criação de uma governança eficaz e responsável se faz necessária. Afinal, o uso inadequado e a falta de um compromisso ético com essa tecnologia tende a expor organizações a riscos relacionados à desinformação e incidentes de segurança, causando danos à reputação e perda de confiança de clientes, stakeholders e cidadãos.
Estamos testemunhando uma onda de inovação tão abrangente que podemos encará-la como o início de uma era que promete redefinir a existência humana. Nós, a Geração T, estamos no centro dessas transformações e, por isso, carregamos a responsabilidade de utilizar a inteligência artificial e suas possibilidades para esculpir um futuro mais justo, inovador e sustentável, priorizando questões éticas, regulatórias, sociais e ambientais.